KARATE-DO: DIFÍCIL DE PRATICAR E VIVENCIAR
Humberto Pereira da Silva
Natal/RN, 16/02/2025
O Budo em suas várias manifestações, muitas vezes impõe suas próprias dificuldades a seus praticantes, o que é natural e necessário. Outras, porém, vêm de outras coisas ao seu redor como a visão pessoal de quem pratica ou as questões socioculturais que permeiam a prática. Técnica, competições, dinheiro, autoridade, cultura são algumas dessas coisas. E as dificuldades não são só dos estudantes: quem ensina também sobre dificuldades modernas.
Ultimamente, a frase que mais tenho ouvido nos treinos de Karate-do é: “Karate é difícil!”. E tenho que concordar, pois, realmente é. É algo bastante complexo. Ele carrega em si aspectos muito sutis que só com anos e anos de prática se consegue perceber. Afirmo isso não por experiência própria, pois tenho muito pouco tempo de prática, mas por ter ouvido isso de pessoas com décadas de treinamento: a pessoa treina, treina e um dia vem a compreensão, o corpo finalmente “sente”. Mas a complexidade não vem somente da técnica, pois ela é somente uma parte do Karate-do. Diante de tudo isso, tenho tido o sentimento de que algo está faltando. Há algo que não está sendo acessado ou está sendo acessado incorretamente, de forma distorcida, incompleta.
Talvez essa dificuldade seja decorrência de um exagero da minha parte, pois, tendo em mim a preocupação com os elementos culturais da arte marcial, devido à caminhada na formação em Ciências Sociais, vejo constantemente, lacunas, comportamentos que preciso aprender para me adequar. Não se trata de eu querer ser japonês, mas me preocupo em estar minimamente respeitando as coisas que hoje sei que são parte muito importante do Karate-do: a hierarquia (não por acaso em primeiro lugar nesta lista), o comportamento em palavras e em gestos, os objetivos do treino, o uso mais correto possível das palavras japonesas (quando forem necessárias), entre outros pontos; enfim, muitas coisas passam pela minha cabeça durante os treinos e os estudos sobre o Caminho das Mãos Vazia, e que acabam gerando as antes referidas dificuldades.
Gostaria de fazer um adendo a respeito de um ponto que coloquei anteriormente: os objetivos do treino. Tenho me preocupado muito com o sentido e os motivos do que se faz no dojo, por exemplo, mokuso. Esse breve momento que ocorre no início e no final dos treinamentos, tem um objetivo bem prático, apesar de ser envolto em várias teorias: ele serve como um momento de preparação mental para o treinamento que vai começar. Nesse momento, o praticante deve procurar entrar em um estado mental mais propício à prática, se desvencilhando o mais que possível da realidade de fora do local de treinamento. Eu costumo, nesses momentos, imaginar algo que eu queira buscar no treino, independentemente de qual seja a técnica a ser proposta pelo sensei. Por exemplo, penso em buscar naquela sessão de treino uma postura mais baixa, deslizar mais os pés, vibrar ou girar mais o quadril, melhorar o equilíbrio, respirar com mais atenção. Durante o treino busco voltar minha mente e meu corpo para aquele aspecto que imaginei no mokuso. E no final do treinamento, também no mokuso, tento lembrar se consegui de alguma forma pôr em prática aquela intenção inicial e, geralmente, o resultado dessa autoavaliação é decepcionante.
Prosseguindo, a prática de Karate-do é difícil por vários motivos. Além da própria técnica que é (considero eu) muito peculiar, diferente das outras artes marciais, e que teima em fazer o corpo se movimentar de uma forma muito específica e às vezes inatingível para algumas pessoas, há o negligenciado lado cultural, que é, ainda assim, algo inerente, indissociável. Ele é formado por princípios, costumes, tradições, regras e outros componentes vindos da sociedade japonesa, que só com dedicação a estudos feitos muitas vezes por conta própria - pois nem sempre a professora ou professor dá ênfase nesse lado do Karate-do -, se pode compreender e mesmo perceber, uma vez que a mera repetição mecânica de seus rituais não é suficiente para que se compreenda seus significados profundos, podendo, portanto, estarem na nossa frente por anos seguidos e nunca entendidos ou mesmo percebidos. Para quem se preocupa com essas questões, elas se tornam mais um fator de dificuldade, uma vez que são costumes de uma sociedade muito diferente da em que fomos socializados. Levando em conta que costumes diferentes podem ser, às vezes, antagônicos, conflitos podem ocorrer.
A fragmentação
Dentro dessas dificuldades surge a questão da fragmentação do Karate. Quando falamos em Karate, é preciso que se faça uma pergunta: de qual Karate estamos falando? O Karate é uma das coisas mais divididas que conheço - na verdade, é a mais dividida que conheço. Além de abarcar várias escolas diferentes (a quantidade é incerta), tendo cada uma dessas as suas linhagens, existem as ainda mais variadas entidades que se ocupam em lidar com ele. Cada uma dessas entidades tem vários níveis de organização e hierarquia, por exemplo, os níveis municipal, estadual e federal, havendo ainda os níveis internacionais como os continentais e mundiais. Cada pessoa que faz parte de um desses níveis em cada uma das entidades e suas subdivisões, pode ter uma visão particular sobre o Karate e, considerando que a sua é melhor, pode se separar da entidade da qual fazia parte e abrir uma nova sob seu comando ou, ainda, continuar ali e fazer um Karate diferente do que lhe foi ensinado. E dentro de toda essa divisão, há, ainda, os que defendem o Karate esportivo e os que defendem o Karate sem uma finalidade de competição esportiva. Se você pratica Karate já deve ter pensado em algum momento sobre a qual entidade se filiar e porquê.
E como não poderia deixar de ser, eu também já começo a sentir como está se moldando o “meu” Karate. Não que eu esteja pensando em abrir mais uma federação, ou que eu discorde do que meus professores estão me ensinando. Refiro-me a o que eu busco na prática do Karate-do. Como no Karate não buscamos necessariamente as mesmas coisas, acabamos praticando e entendendo de formas diferentes essa arte marcial. Invariavelmente, percebe-se que o aluno ou aluna é diferente do seu professor ou professora, por mais respeito que se tenha por ele ou por ela. O do da palavra Karate-do significa caminho e caminho, cada um tem o seu. Essa é mais uma das dificuldades de se praticar Karate-do, porque, mesmo havendo uma forma, um jeito certo de se fazer – e afirmo que há um jeito certo, uma vez que há um jeito errado -, quando fazemos Karate com nossa marca, com nossa particularidade, com nosso corpo se expressando do jeito dele tanto porque ele é diferente como porque não consegue fazer o que lhe é ensinado, ficamos com receio de estar desrespeitando nossa professora ou nosso professor.
Não há dificuldades com a prática do Karate esportivo; liderança da/o sensei
As dificuldades que aponto aqui se referem ao Karate não esportivo, que alguns chamam de tradicional. Na minha visão - e sei que posso estar errado -, o Karate esportivo parece ser menos difícil de se praticar, pois é uma simplificação da arte marcial. Ele não se ocupa de certos aspectos que são - ou deveriam ser - uma preocupação do Karate que busca se aproximar do que é uma arte marcial. Um desses aspectos é a própria técnica, a forma de ser que é, como já dito, tão peculiar do Karate-do. As regras das competições, mesmo com todas as suas várias versões, dão a essa modalidade esportiva um esqueleto que faz com que as variações em relação ao que deve ser buscado nas competições não se diferenciem tanto, ou seja, marcar o ponto atingindo o adversário de forma clara, às vezes permitindo mais, às vezes menos contato, eis todo o fundamento. No Karate-do que não busca as competições esportivas, mas a técnica de defesa pessoal, essa padronização que facilita e simplifica as coisas não existe.
Outro aspecto dessa mesma discussão é a ausência de preocupação com coisas como tradições e costumes. Deve-se lembrar que o Karate esportivo é regido por princípios que o fazem mais um dos meios de propagação das formas de vivência moderna, com base na eficiência: é um produto da sociedade moderna, portanto, procura ser bastante pragmático e lucrativo. Embora haja ali elementos - cada vez mais ralos - das formas tradicionais de se praticar Karate, como nomes de movimentos e de técnicas, o uniforme e outras coisas superficiais, está tudo muito distante da arte marcial, onde, por exemplo, o sensei pode dizer quem pode ou não treinar com ele de acordo com regras pessoais e que buscam manter na equipe apenas quem quer realmente praticar uma arte marcial, o que se tem no final das contas é uma prática regida pelo dinheiro, ou seja, alguém está pagando por aquele produto e quer receber o serviço, podendo fazer exigências na posição de cliente, seja essa pessoa um praticante, um pai ou uma mãe de atleta, ou um empresário interessado em patrocinar uma equipe para obter lucros financeiros. A megalomania transformou umas e quer transformar outras entidades de Karate em verdadeiras multinacionais. Alguns professores queixam-se de ter que obedecer aos ditames da lógica do consumo por não poderem ensinar Karate como uma verdadeira arte de luta. Vejamos como Lowry (2011) descreve a autoridade do sensei nos dojo tradicionais:
Liderança com Autoridade. O sensei é o chefe. O dojo não é nem nunca pode ser uma democracia. Talvez essa seja uma ideia drástica, mas em certas situações o dojo é como um pequeno barco, cheio de passageiros e solto no mar. Pense nos primeiros havaianos, os intrépidos polinésios, que deixaram suas ilhas natais em uma longa e inacreditável waka para fundar uma nova civilização no meio do Pacífico. Os antropólogos e as tradições orais havaianas nos contam que essas canoas eram chefiadas por líderes cujas ordens e decisões seriam, necessariamente, leis absolutas. Em circunstâncias tão extremas, em que vidas estavam em jogo, não poderia haver votação quanto ao tamanho da porção de comida ou decisões em grupo sobre quem estaria de guarda em que momento. Pela segurança de toda a canoa e pelo sucesso da viagem, a autoridade deveria partir de uma só pessoa. Sua palavra tinha de ser definitiva. No dojo, mesmo que as circunstâncias não sejam tão difíceis, o perigo está sempre presente. Mesmo na melhor das circunstâncias, acidentes podem acontecer quando pessoas usam armas umas contra as outras ou estão atacando, chutando ou arremessando umas às outras. As emoções podem ser exageradas perante tais ameaças, mesmo havendo segurança sob a forma de regras e proibições. Para que haja coerência, a ordem deve ser absolutamente mantida, e não pode haver dúvidas sobre quem a mantém (Lowry, 2011, p. 136).
Dinheiro: um tormento para sensei (s)
Por isso, as coisas nessa forma de Karate, a esportiva, são mais simples do que nas formas chamadas de tradicionais, pois a lógica obedecida é realmente bem simples: uns pagam e outros fornecem; nada de considerações envolvendo tradições, costumes e autoridade que só atrasam a vida de quem precisa ganhar o pão de cada dia. Lowry (2011), no capítulo 11 intitulado “DINHEIRO – OKANE”, também fala sobre o dinheiro no dojo. Ele afirma, inicialmente, que para manter um dojo funcionando é preciso dinheiro. Não há como fugir disso. Lembra também, que parte da renda dos professores vem das suas aulas. Já que gostamos de palavras em língua japonesa, trago aqui, do mesmo capítulo, algumas formas usadas para se referir ao dinheiro no dojo:
Quanto ao vocabulário, as taxas mensais para treinamento são chamadas de gessa. O valor pago por seminários ou aulas de instrutores convidados é chamado, de forma polida, de sharei ou o-rei, e ambas as palavras significam “agradecimento”, com a implicação de que seria uma recompensa sob a forma de remuneração (Lowry, 2011, p. 146).
O autor reforça a ideia de que é uma ingenuidade acreditar que professores de Budo não deveriam cobrar pelas aulas e, mais a diante diz:
Em um dojo sério, geralmente há um equilíbrio entre a mentalidade direcionada às finanças do mercantilista e a do guerreiro ascético que está além das preocupações mundanas do lucro. Mas o dinheiro é sempre um fator, e sempre foi assim. Durante a Era Feudal, existiram instrutores profissionais de artes marciais. Eles eram pagos como contratados independentes ou recebiam remuneração por suas aulas como parte do salário pago pelo lorde que os tinha contratado (Lowry, 2011, p. 146).
Porém, de forma assertiva e suave, característica de quem conhece o assunto, também afirma:
O dinheiro pode ser um problema ou um impedimento para o dojo quando se torna a preocupação principal – quando o dinheiro, e não o aprimoramento e o prosseguimento da arte, é a questão principal. Alguns professores encaram o budo ou outras artes de combate asiáticas como um negócio, e lidam com elas nesse ponto de vista. [...] quando essas questões estão ligadas ao lucro, outras mais importantes são colocadas de lado ou negligenciadas (Lowry, 2011, p. 147).
No podcast Budokast (Goulart, 2020) são abordados temas que se enquadram na presente discussão: fala-se a respeito da perda de uma prática de Kendo mais voltada para a “lapidação do seu caráter”. Nas palavras da entrevistada, Tabita Katayama sensei, esse fenômeno ocorre ao redor do mundo, sendo que, no Brasil e na América Latina, essa prática se mantém. Segundo ela, como os professores não recebem salário no fim do mês, eles não são obrigados a manter determinados alunos sob pena de não ter a remuneração; fala-se sobre como agem os sensei que não recebem dinheiro para ensinar: caso você seja um aluno que esteja incomodando, "eles não fazem questão que você fique"; é trazida a questão sobre não ser permitida a comemoração durante uma vitória ocorrida numa luta de Kendo porque isso seria como comemorar a morte do adversário; comenta-se também que, na década de 1930, no ensino do Judo no Brasil não se podia cobrar dinheiro. Levando-se em conta que é praticamente impossível que alguém possa encontrar hoje em dia um dojo que funcione sem fins lucrativos[1], vai se tornando cada vez mais difícil encontrar um local onde o ensino de Karate-do possa ser exercido sem que o professor esteja de mãos atadas.
Os princípios morais do Karate-do... onde estão?
Na qualidade de Budo, Karate-do também tem em sua essência o objetivo de formar o caráter de seus praticantes, de modo que eles sejam úteis à sociedade. Funakoshi foi até repetitivo sobre isso em seus escritos. Os lemas do Karate Shotokan (Dojo Kun e Niju Kun) são bastante claros a respeito, bastando que se leiam seus axiomas para se chegar a esta conclusão. Ali são várias as recomendações que vão diretamente nesse sentido, e com um pouco de atenção, pode-se ver isso em praticamente todos eles. Porém, é muito comum que esses princípios sejam negados, negligenciados, não compreendidos, distorcidos, etc., o que causa o problema da impossibilidade de se passar a diante esse lado do Karate, dando surgimento a gerações e gerações de praticantes que o desconhecem, e por consequência, não compreendem Budo.
Embora haja opiniões de que Karate-do não é Budo porque - alega-se - não é uma arte marcial criada no Japão como foram todas as outras que fazem parte desse conceito, tendo algumas delas centenas de anos e não tendo ele passado pela mudança na nomenclatura, e precisado trocar jutsu por do, ele se enquadrou nas exigências que o Japão fez para que fosse aceito, inclusive, como já visto, possui seus lemas, que lhe dão objetivos que o fazem estar dentro do Budo. Naturalmente, Karate-do sofre dos mesmos efeitos que sofrem as outras artes marciais tradicionais do Japão, frente aos efeitos da modernidade, e isso tem como uma das consequências o apagamento gradual e contínuo de coisas que possam diminuir sua eficiência como um de seus veículos, ou seja, preocupar-se com lemas e coisas do tipo pode tirar o foco – expressão muito comum dos nossos tempos – do que poderia fazê-lo algo mais rentável, mais direto e menos demorado: mais moderno. E assim se esquece que o tal foco, na prática de Karate-do, deve ser outro.
Kata
Uma das dificuldades que há hoje em Karate-do é a busca por se praticarem as suas técnicas de defesa pessoal baseadas em kata porque, em decorrência da transformação da arte marcial, ao longo dos anos, em um esporte de luta, restringindo e limitando essas técnicas, elas foram se perdendo. Outro problema são as fantasiosas interpretações que se fazem hoje em dia das aplicações das técnicas dos kata. Penso que se é para fazer fantasias ridículas, melhor é praticar kata apenas como uma sequência de movimentos para efeito de exames de graduação ou mesmo apenas para que se tenha conhecimento deles. Não vejo nada errado nessa forma de praticá-los. O erro que vejo é que praticar kata como se fossem roteiros para cenas de filmes de ação, traz grandes prejuízos para um Karate como arte marcial.
Nos tempos de Funakoshi sensei, quando não havia competições como as de hoje, segundo tenho aprendido, a prática dele (Funakoshi) era baseada em kata. Já vi pela internet e também em conversas com colegas, relatos de que ele não era um bom lutador porque só praticava kata. Sem buscar aprofundamento nessa questão, creio que ela contribuiu de forma negativa para a imagem da prática de kata. Diz-se que quem pratica kata não é bom de kumite. Essa afirmação tem que ser feita com muito cuidado porque o que pode estar acontecendo é uma prática incompleta de kata, ou seja, a pessoa pratica apenas a forma sem estudar suas aplicações, ou a pessoa pode não ser boa em lutar trocando golpes, mas ser boa nas aplicações das técnicas guardadas nos kata. De qualquer forma, é uma dificuldade se praticar esse lado fundamental do Karate-do, devido ao desconhecimento a respeito do que os kata querem nos dizer e também da multiplicidade de interpretações possíveis para seus movimentos.
Fonte: https://karateportoalegre.com.br/blog/a-origem-do-estilo-goju-ryu-de-karate-do/, acessado em 15/02/2025
Contudo, é possível encontrar locais para a prática de Karate-do que não estejam tão presos às amarras dos tempos modernos. Há, ainda, pessoas que, com seu esforço e sofrendo as pancadas do nosso tempo, teimam em manter vivo o caminho do Karate-do, mesmo que já com alterações. Sem ingenuidade, sei que é praticamente impossível a prática de Budo sem alterações, tão longe de sua origem, sem uma grande abnegação, uma vez que isso, como visto no exemplo do podcast aqui trazido, implica que os responsáveis o façam de forma desinteressada por dinheiro, o que demanda que a pessoa tenha uma outra forma de subsistência, não precisando viver da arte marcial. São muitas as dificuldades, mas assim é Budo. Prosseguimos, apesar de tudo, no caminho.
Osu!
Referências
GOULART, G. (13 de Novembro de 2020). Budokast. Budo nos dias de hoje. Brasil. Acesso em 15 de Fevereiro de 2025, disponível em https://open.spotify.com/episode/4vdKOZ3ogj9uenRPzGs4H5
LOWRY, D. (2011). O Dojo e seus significados. Um guia para os rituais e etiqueta das artes marciais japonesas. (1ª ed.). (J. S. FREIRE, Trad.) São Paulo, SP, Brasil: Cultrix.
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